O que é motivação

O que é motivação e como aplicá-la nas empresas?

 por Lucas Retondo – especialista em Startups


Você quer assistir uma aula rápida sobre o que é motivação? Então clique no player abaixo e assista o vídeo. Depois, para se aprofundar no assunto é só ler este artigo até o final.


Por que a motivação é importante?

A sua equipe pode ser composta pelos maiores especialistas do mundo, mas se eles não estiverem motivados, é improvável que o seu time alcance seu verdadeiro potencial.

Por outro lado, uma equipe composta por pessoas motivadas é capaz de atingir resultados extraordinários e crescentes, mesmo sem ter os maiores especialistas.

As pessoas motivadas têm uma perspectiva positiva. Elas estão empolgadas com o que estão fazendo e sabem que estão investindo seu tempo em algo realmente valioso.

Em resumo, as pessoas motivadas gostam dos seus trabalhos e têm um bom desempenho. Isso torna o ambiente mais leve e o trabalho mais fácil.

Por isso, todo líder eficaz quer que os membros da sua equipe tenham este estado de espírito. Eles desejam sempre manter a sua equipe motivada e inspirada.

Porém, eles sabem que isso é mais fácil de falar do que fazer!

Neste artigo, examinarei os principais conceitos relacionados a motivação para você ajudar seu pessoal a se entusiasmar com seu trabalho. Boa leitura!

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O que é motivação?

Motivação é uma daquelas palavras usadas constantemente, mas poucas pessoas sabem o que realmente ela significa.

A palavra motivação vem do latim moveres, que significa mover. Ou seja, podemos definir motivação como o impulso interno que nos faz agir para atingir os nossos objetivos.

O que é motivação

Em outras palavras, motivação é um processo interno que nos incita a agir, tomar uma ação, para avançar em direção a um determinado objetivo.

Sabemos que o processo interno responsável por gerar a motivação envolve forças biológicas, emocionais, sociais e cognitivas. Porém não é possível dizer qual é o mais importante.

Diversos estudos já foram realizados e muitos fatores motivacionais foram identificados.

Porém, nenhuma pesquisa ou modelo proposto é capaz de explicar complexidade humana é toda a sua amplitude.

Portanto, podemos afirmar apenas que a motivação é o “porquê” que está por trás das nossas ações e varia de pessoa para pessoa.

Dica:

Os psicólogos já estudaram e propuseram diversas teorias sobre as forças que guiam e direcionam as nossas ações. Para saber mais leia o artigo teorias sobre motivação.


Quais os componentes da motivação?

Quem já buscou alcançar um objetivo, como correr uma maratona, sabe que ter apenas o desejo de realizar algo não é suficiente.

Para atingir um objetivo é necessário ter a capacidade de persistir além dos obstáculos e resistência para continuar apesar das dificuldades.

Desta forma, podemos separar a motivação em 3 componentes principais:

  • Ativação: envolve o desejo e decisão de iniciar um comportamento ou ação, como, começar a correr maratonas;
  • Persistência: é o esforço contínuo em direção a um objetivo, mesmo que existam obstáculos. No nosso exemplo é treinar mesmo com dores;
  • Intensidade: é o vigor, energia e disposição empregada na busca do objetivo. No exemplo é treinar 5 dias por semana.

Ao separar a motivação em componentes, nós começamos a entender que somente o desejo não é suficiente para alcançar os resultados.

Pois, uma pessoa que tem somente o desejo (ativação), poderá treinar algumas vezes, mas sem a persistência e intensidade não conseguirá desenvolver as suas habilidades para correr uma maratona.


Quais os tipos de motivação?

A melhor forma de explicar a motivação é mostrar como ela é na vida cotidiana. Existem diversas razões para uma pessoa querer correr uma maratona, por exemplo:

  • Diversão: a pessoa simplesmente se diverte correndo;
  • Desafio: correr uma maratona pode ser um desafio para as suas habilidades;
  • Objetivo: a pessoa quer conquistar uma nova marca pessoal;
  • Inspiração: o seu pai começou a correr maratonas e isso lhe inspirou a fazer o mesmo;
  • Excelência: a pessoa quer superar os seus próprios limites;
  • Satisfação: a pessoa se sente mais competente e bem-sucedida;
  • Oponente: o ex-marido da esposa está correndo maratonas;
  • Afeto: quer passar mais tempo com a esposa que já corre maratonas;
  • Culpa: quer agradar a família que tem tradição em correr maratonas;
  • Bem-estar: se sentem menos estressado após correr maratonas;

Enfim, existem inúmeros motivos para uma pessoa querer correr uma maratona. Para facilitar esta discussão os pesquisados separam a motivação em 2 tipos:

Motivação intrínseca

A motivação intrínseca é interna. É quando somos motivados por fatores “internos” para atender às nossas necessidades pessoais.

Trata-se de ter um desejo pessoal de superar um desafio, produzir um trabalho de alta qualidade ou interagir com os membros da equipe que você gosta e confia.

Pessoas intrinsecamente motivadas obtêm muita satisfação e prazer com o que fazem. Por isso os nossos hobbies geralmente estão ligados a motivadores intrínsecos.

No nosso exemplo, as razões diversão, desafio, excelência, satisfação e bem-estar são exemplos de motivadores intrínsecos.

Motivação extrínseca

Motivação extrínseca é quando somos motivados por fatores “externos” que são dados ou controlados por nós ou pelos outros.

Ou seja, salário, bônus, elogios e reconhecimentos são exemplos de motivadores extrínsecos que nós utilizamos para encorajar os membros da equipe a fazer o que nós queremos.

Na nossa lista de motivos para correr uma maratona, as razões objetivo, inspiração e oponente são exemplos de motivadores extrínsecos.

Qual é o melhor motivador: intrínseco ou extrínseco

Não há dúvida que os motivadores intrínsecos são mais poderosos e duradouros que os motivadores extrínsecos.

Não é atoa que normalmente os nossos hobbies e atividades de lazer são intrínsecos, ou seja, nós fazemos estas ações por puro prazer, sem ganhar nada externo em troca.

Já os motivadores extrínsecos são passageiros e muitas vezes nós esquecemos deles rapidamente. Por exemplo, estudos demonstraram que um aumento de salário é lembrado por apenas 3 meses na média.

Porém, vale a pena observar que na maioria das situações, os dois tipos de motivadores estão presentes. Por exemplo, na lista de razões que falamos anteriormente o afeto e culpa são motivadores mistos.

No caso do afeto, o agente intrínseco é a necessidade social de afeto, e o fator extrínseco é a esposa correr maratonas. Já no caso da culpa, o fator interno é a insegurança e o externo a família.


Quais os níveis de motivação?

Além da separação dos fatores motivacionais entre intrínseco e extrínseco, é possível classificar os agentes responsáveis pela motivação entre necessidades defectivas e necessidades de crescimento.

Esta classificação das necessidades humanas foi publicada a primeira vez no artigo “Hierarchy of Needs: A Theory of Human Motivation” em 1943. Esta teria é mais conhecida hoje como a pirâmide de Maslow.

Segundo Maslow, as necessidades fisiológicas, de segurança, sociais e estima são necessidades de deficiência (defectivas) por surgirem devido à privação. Ou seja, satisfazer estas necessidades é importante para evitar sentimentos negativos ou consequências desagradáveis.

Já, as necessidades de crescimento (auto realização) não resultam da falta de algo, mas sim do desejo de crescer como ser humano. Elas estão relacionadas a sentimentos positivos e buscam alcançar algo mais desejável.


Matriz dos fatores de motivação

Agora que nós conhecemos os tipos e níveis de motivação, é possível construirmos a matriz dos fatores de motivação conforme figura abaixo:

Matriz fatores motivacionais

Como esta matriz nós podemos dividir os fatores motivacionais em 4 grupos, sendo:

Fatores de Realização

Neste grupo nós temos os fatores intrínsecos de crescimento, ou seja, nós temos os nossos desejos mais profundos.

Estes fatores são os mais poderosos e quando estão presentes em nossa vida nada consegue nos segurar.

Eles surgem quando nós temos propósito no trabalho, satisfação própria, autoestima, aprendizado, criatividade, aceitação e gratidão.

Para fomentar estes fatores dentro da sua organização procure tornar o trabalho das pessoas significativo e desafiador considerando os talentos e desejos das pessoas na hora de delegar as tarefas.

Fatores de Recompensas

Já neste grupo nós temos os incentivos externos para o nosso crescimento, ou seja, são as recompensas que nós podemos ganhar com os nossos comportamentos e ações.

Quando presentes, eles nos motivam a agir para atingir os objetivos, porém eles são passageiros e precisam ser constantemente renovados.

Estes fatores são ativados quando recebemos atenção, agradecimento, reconhecimento e respeito das outras pessoas.

Normalmente as empresas focam muito nestes fatores, buscando recompensar os seus funcionários com premiações, bônus, comissões e eventos.

Fatores de Sobrevivência

Neste quadrante estão as nossas necessidades mais básicas e primitivas. Estes fatores estão relacionados a nossa sobrevivência física e emocional.

Estes fatores não são capazes de nós motivar para melhorar os nossos resultados. Buscamos satisfazer estas necessidades apenas para evitar um estado indesejado.

Ou seja, estes fatores nos motivam a agir para fugir da dor causada pela sua ausência. Por exemplo, comemos para evitar a fome, dormimos para evitar o sono, bebemos água para evitar a cede etc.

Nas empresas, estes fatores são tão fundamentais, que na maioria das vezes estão previstos em lei. Exemplos são: salário, benefícios obrigatórios, equipamentos de segurança etc.

Fatores de Continuidade

Já os fatores de continuidade constituem na pior forma de motivação, se é que podemos chamar isso de motivação.

Eles são compostos pelos nossos maiores medos e inseguranças; e quando estão presentes nos “motivam” a querer manter o status quo.

Em outras palavras, os fatores de continuidade paralisam e bloqueiam o nosso crescimento devido ao medo da perda do emprego, do status profissional, social etc.

Estes fatores devem ser evitados, pois não geram resultados melhores. Porém, muitos gestores ainda apostam nas ameaças como uma forma de motivar as suas equipes.

A presença constante destes fatores pode causar problemas e transtornos graves como ansiedade e depressão. Além de processos judiciais relacionados a assédio moral.


Conclusão sobre o que é motivação

Como líder, seu objetivo é manter os membros de sua equipe motivados e entusiasmados com o trabalho.

Para isso, é importante você encontrar um equilíbrio entre motivadores extrínsecos, como aumentos salariais, bônus e melhorias nas condições de trabalho. E motivadores intrínsecos, como tarefas desafiadoras, projetos importantes etc. 

E mais, você também deve sempre buscar focar as suas ações em fatores de crescimento (realização e recompensas), pois somente estes são capazes de melhorar os resultados da organização e criar relacionamentos fortes e duradouros entre as pessoas.

O conhecimento dos fatores motivadores e sua manipulação é usada no marketing há muitos anos e não há nada de errado em você usar também na sua equipe.

E parabéns, se você chegou até aqui, você está no caminho certo. Uma das competências mais importantes de um líder é aprender continuamente.

Não esqueça de deixar as suas dúvidas e sugestões nos comentários. Eu quero muito saber o que você achou deste artigo.

Muito obrigado e até a próxima.

Dica:

Para aprender mais sobre como motivar as pessoas consulte a página trabalha em equipe. Nela nos organizamos todos os conteúdos blog relacionados a motivação.


Quem é Lucas Retondo?

Sou empresário, mentor e consultor especialista em Startups. Atualmente sou sócio fundador da Startup Creator apaixonado por tecnologia e modelos de negócio inovadores.

Em 2017 larguei um emprego estável como gerente executivo em um multinacional para criar a minha primeira Startup, o PraConstruir. Desde então venho atuando na área de tecnologia e apoiando empresários de TI a criarem organizações e soluções exponenciais.

No passado atuei como consultor e executivo em diversos setores e empresas, como: Ford, Mahle, Renault, MWM, Chevrolet, Magneti Marelli, Pirelli, TIM, Tokio Marine Seguradora, Bradesco Seguros, Cosan, Mobil, Rumo Logística e Raízen.

Também possuo 5 certificações internacionais em coaching, além dos títulos de MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE). Para saber mais sobre o meu histórico profissional consulte o meu LinkedIn e me acompanhe no Facebook, Instagram ou YouTube.

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